sábado, 1 de maio de 2010

Metrô de Curitiba pode custar R$ 3,5 bilhões


27/4/2010
Gazeta do Povo (PR)

O projeto preliminar da prefeitura de Curitiba para o metrô prevê investimentos de R$ 3,5 bilhões, segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Ele deve se reunir amanhã com o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, em Brasília, para tratar da inclusão da obra na segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Esses são números preliminares. A primeira versão previa R$ 2 bilhões. Nas últimas reuniões nos falaram que os investimentos poderão somar R$ 3,5 bilhões", afirmou Bernardo.

O ministro disse que ainda não sabe quanto a União poderá bancar do projeto. "Vamos perguntar quanto a prefeitura pode comprometer e vamos ver. Não podemos dizer que vamos dar metade porque, como ainda não há um projeto fechado, esses números variam."

O metrô de Curitiba poderá ser incluído em um bolo de R$ 18 bilhões destinados a projetos de mobilidade urbana no PAC2. Mas terá de disputar recursos com Porto Alegre e Belo Hori zonte, que também têm planos de metrô. Somente os gaúchos devem levar R$ 4 bilhões.

Recentemente, Bernardo disse que não acredita que o projeto fique pronto a tempo para a Copa do Mundo de 2014. "Não estamos discutindo metrô para a Copa porque acho que dificilmente daria tempo para fazer. Pre­cisamos dissociar isso. Até porque, se prometermos um prazo, ao invés do metrô teremos só um canteiro de obras". Para a Copa, o ministro informou que estão garantidas obras como o corredor de transporte do Aeroporto Afon so Pena até a Rodoferroviária, as melhorias na Avenida Visconde de Guara puava e a continuação da Linha Verde.

No fim do ano passado, o então prefeito Beto Richa se reuniu com Bernardo para tentar incluir a obra do metrô no PAC da Copa, mas não teve sucesso. O governo federal propôs que Curitiba financiasse toda a obra e ofertou R$ 960 milhões em financiamentos. A prefeitura afirmou que não teria condições de bancar o projeto sozinha.

Paulo Bernardo, que ontem participou do lançamento da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) no Paraná, em evento promovido pela Fe deração das Indústrias do Paraná (Fiep), também afirmou que considera sensata a possibilidade de retirar algumas cidades-sede da Copa de 2014 em função do atraso de obras. "Precisamos levar em consideração que em muitas cidades e estados houve troca de governo, como é o caso de Curi tiba e do Paraná. Teremos de ver com esse novo pessoal como está o cronograma de obras e fazer uma reavaliação", afirmou.

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