domingo, 20 de maio de 2012

Audiência pública do Metrô de Curitiba será na terça-feira (15) e lideranças aprovam obra

11/05/2012 - Prefeitura de Curitiba

Será na próxima terça-feira, 15, das 19h às 21h, no Memorial da Cidade, a audiência pública sobre a licitação do Metrô Curitibano

Projeção do futuro metrô de Curitiba
créditos: Divulgação

A partir de terça-feira também estará aberto o prazo, até 18 de junho, para consulta pública do edital de licitação que terá os anexos e minuta do contrato dispostos no www.metro.curitiba.pr.gov.br.

“A audiência vai divulgar informações aos interessados na licitação para a construção e operação do metrô. E durante o período de consulta pública, os interessados poderão apresentar comentários e sugestões sobre o edital de licitação”, disse o prefeito Luciano Ducci.

A obra está orçada em R$ 2,33 bilhões, o prazo de execução é de quatro anos e a concessão para exploração dos serviços se estenderá por 30 anos. A expectativa que a licitação, de caráter internacional, seja lançada na segundo quinzena de julho e que obras iniciem até o final de 2012.

Bairros

O metrô é aguardado com grande expectativa por lideranças comunitárias dos bairros que vão receber os 14,2 quilômetros da primeira fase do modal. “Os moradores do Santa Quitéria são bem atendidos pela frota de ônibus, mas o metrô é mais veloz e evita o trânsito, uma ótima opção”, disse a presidente da Associação de Moradores do Santa Quitéria, Cíntia Werpachowski.

A chamada Linha Azul começa próximo à Rua Nicola Pelanda, na CIC, e vai até a Rua das Flores, no Centro de Curitiba, passando por 13 estações. “Fizemos questão de incluir no projeto das estações, estacionamentos para carros e bicicletas, assim, muitos poderão deixar seu veículo seguro e seguir o trajeto de metrô”, disse Luciano Ducci.

O presidente da Associação Comercial da Macrorregião do Pinheirinho, Irineu Bristofelli, concorda com o prefeito e diz que o metrô vai melhorar a qualidade de vida dos curitibanos com a “rapidez no deslocamento e economia no bolso de cada um”.

“O fluxo de veículos está alto e o trânsito aumenta dia a dia, o metrô ajuda como uma alternativa de economia de tempo e dinheiro, pois o preço da gasolina tem subido e as pessoas perdem horas no engarrafamento”, disse Bristofelli.

Parque linear

Outro ponto destacado pelas lideranças dos bairros é a transformação das canaletas dos ônibus num grande boulevard com parque linear, calçadão de pedestre, ciclovia, paisagismo, arborização e implantação de equipamentos de lazer.

O presidente da Associação de Moradores da Regional Portão, Izael Aquino da Silva, diz que essa proposta é inédita e harmoniza a vida dos usuários do metrô e dos moradores que moram nesse trecho. “Olha, são 250 mil moradores no Portão. A maioria vai usar o metrô. Tem ainda outra questão: os 11 bairros da região têm um número expressivo de ciclistas que também vão usar a ciclovia em toda a extensão do metrô”.

Ainda para Izael Aquino, o sucesso do projeto também se deve a transformação da canaleta em espaço de lazer, bem estar, saúde e esporte. “Isto é devolver um espaço da área pública para a população fazer dali um ponto de encontro para se exercitar e passear”, afirma.

Investimentos

O engenheiro Lourival Siqueira, do setor imobiliário, diz que o metrô vai se tornar uma opção aos ônibus e carros. “Curitiba não pode ficar refém de uma única opção, que são os ônibus. É aí que entra o metrô, dando também mais uma opção aos motoristas de carros”, afirma. “O setor imobiliário espera com otimismo pelas obras”, completa.

 A presidente do Secovi-PR, Liliana Ribas Tavarnaro, disse que “uma obra dessa dimensão é algo de extrema importância para Curitiba. Esses investimentos, tanto em estrutura, quanto em qualidade do transporte público contribuirão para que a cidade continue sendo exemplo e referência nessa área”, destaca.

“O Metrô, além de trazer todas essas melhorias, contribuirá para que toda uma rede comercial, imobiliária e de varejo sejam alavancadas nos próximos anos e, com isso, toda uma cadeia produtiva seja ainda mais revigorada”, completa Liliana Tavarnaro.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Lideranças opinam sobre projeto do Metrô Curitibano

16/05/2012 - Bem Paraná

600 pessoas acompanharam o processo no memorial da Cidade

O sistema de construção e operação do Metrô Curitibano, através de parceria público privada, agradou as lideranças empresariais e comunitárias que acompanharam a audiência pública do processo de licitação da Linha Azul, empreendimento de R$ 2,3 bilhões que terá investimentos federais, estaduais, municipais e privados.

"Saímos na frente de todas as cidades brasileiras neste processo. O modelo de parceria público privada estabelecido por Curitiba prevê que as empresas recebam após a obra entregue, o que nos dá a garantia de que o metrô será construído no tempo previsto ou até mesmo antes do prazo", disse o prefeito Luciano Ducci na audiência que reuniu 600 pessoas no Memorial da Cidade.

O modelo de Parceria Público Privada apresentado pela Prefeitura é o primeiro do Brasil, entre as cidades contempladas com recursos para obra metroviárias, e prevê que a as empresas responsáveis pela construção e operação do sistema, serão remuneradas a partir da entrega da obra pronta.

O presidente da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), Darci Piana, disse que a obra representa a evolução no transporte coletivo. “Curitiba já referência nacional e mundial em transporte público, mas não podemos ficar parados. Precisamos crescer mais e desenvolver outras ações na área do transporte. Neste contexto, o Metrô é um grande passo para o desenvolvimento da cidade. Será a solução para o nosso trânsito e a equação ideal para uma Curitiba mais limpa e sustentável”, disse.

Boulevard - Estefano Ulandowski, conselheiro da Associação Comercial do Paraná (ACP), elogiou o projeto. “Pensamos agora como as grandes capitais do mundo. O nosso metrô tem princípios sustentáveis, com energia renovável e intenciona tirar os carros das ruas para diminuir a poluição”, afirmou.

Na audiência do metrô, Estefano Ulandowski lembrou da evolução do transporte público de Curitiba. “Levei minha filha para andar no primeiro vermelhão. É um sistema que tem quase 40 anos de sucesso, mas que já estava ficando ultrapassado com o crescimento populacional. O metrô vem em boa hora, gera empregos e ajuda o comércio local.”

Para Estefano, o projeto ainda tem um significado especial. Ciclista desde os 16 anos, ele conta da alegria de ver os novos quilômetros de ciclovia que Curitiba vai ganhar. “Moro no Santa Quitéria e ando de bicicleta até o centro. Com a nova ciclovia arborizada, tudo vai ficar mais seguro e bonito no trajeto.”

O projeto do metrô prevê a transformação das atuais canaletas do biarticulado (no trecho desde o Pinheirinho até a Rua das Flores) num boulevard com calçadão de pedestres, ciclovias, paisagismo, arborização e equipamentos de lazer. “Será um verdadeiro parque a céu aberto”, afirma Aquino Silva, presidente da União de Associações de Moradores da Regional Portão.

Aquino, que assistiu atento à audiência pública, disse que é importante que os líderes comunitários estejam presentes nas discussões sobre o futuro da cidade. “A obra tem tantas coisas boas que a população às vezes nem acredita que ela acontecerá. Vindo até aqui, tiro todas as dúvidas e as levo para o pessoal do Portão, e melhor, com a certeza de que sim, é verdade.”

Rapidez - Luiz Tadeu Seidel, presidente da Associação de Moradores do Bacacheri, aprova o conforto que o metrô trará para as famílias curitibanas. “Essa nova alternativa de transporte coletivo trará rapidez e conforto para os trabalhadores que moram longe do seu local de trabalho. O tempo de deslocamento cairá pela metade, o que vai melhorar a qualidade de vida das famílias”, afirmou.

Rapidez no deslocamento é o que também fará a diferença para Jaime João de Oliveira, presidente da Associação de Moradores da Vila Leão, no Novo Mundo. “A população vai ganhar tempo com o metrô. As horas antes perdidas nos deslocamentos poderão ser tempo para curtir com suas famílias e com lazer.”.

Para José Ramos da Silva, presidente da Associação de Moradores do Conjunto Oswaldo Cruz I, na CIC, o metrô “só trará vantagens para os trabalhadores da Cidade Industrial”. Morador da CIC há 35 anos ele diz que o novo sistema de transporte trará conforto para quem viaja 1 hora, ou mais, para chegar ao trabalho.

Expectativas - Dirigentes de outras entidades de classe já haviam manifestados boas expecativas em relação a implantação do modal. A presidente do Secovi-PR, Liliana Ribas Tavarnaro, disse que “uma obra dessa dimensão é algo de extrema importância para Curitiba. Esses investimentos, tanto em estrutura, quanto em qualidade do transporte público contribuirão para que a cidade continue sendo exemplo e referência nessa área”, destaca.

“O Metrô, além de trazer todas essas melhorias, contribuirá para que toda uma rede comercial, imobiliária e de varejo sejam alavancadas nos próximos anos e, com isso, toda uma cadeia produtiva seja ainda mais revigorada”, completa Liliana Tavarnaro.

O presidente do Crea-PR,  Joel Krüger, apontou o metrô como uma necessidade urgente para atender à crescente demanda pelo transporte coletivo em Curitiba e região. “E é grande a expectativa de toda a sociedade de que o investimento neste novo modal atenda aos anseios da população", disse.

"Da mesma forma, é importante atentar aos prazos previstos para a licitação e execução da obra, pois trata-se de um empreendimento complexo do ponto de vista de engenharia e que ocasionará interferências na cidade", completou.

Para o presidente do Sinduscon-PR, Normando Baú, o metrô vai facilitar em muito a mobilidade urbana de Curitiba, ajudando a desafogar o trânsito. “Entendemos que este sistema de transporte público deve ser pensado não apenas para alguns eixos estruturais, mas para toda a cidade. Sabemos que é oneroso, demorado e que causa transtornos à população na fase de execução, mas é preciso pensar em Curitiba para daqui 50 anos, e que os investimentos sejam feitos de forma ininterrupta".

Linha Azul - A Linha Azul, como é chamada a primeira etapa do Metrô, ligará a CIC-Sul, próximo à Rua Nicola Pelanda, ao Centro de Curitiba, até a Rua das Flores, num trecho de 14,2 quilômetros que passa por 13 estações.

Das 13 estações, somente uma será elevada, a Estação CIC-Sul - primeira após o pátio de manobra. Esta estação ficará localizada na BR-476 entre a Rua Nicola Pellanda e a Rua Izaac Ferreira da Cruz. No local será construído um terminal de integração, com o objetivo de aliviar os Terminais Pinheirinho e Capão Raso.

O primeiro nível dessas estações, além do acesso dos passageiros, contará com um amplo estacionamento para veículos e bicicletas. O objetivo é criar atrativo de integração para atrair motoristas de carros para o novo modal.

O metrô vai atender 475 mil usuários e substituirá 110 ônibus. A frota terá 25 trens, compostos por cinco carros cada, com capacidade para transportar 1.450 passageiros por viagem. Cada carro equivale a um ônibus biarticulado.

Com o metrô, haverá uma redução da emissão de 8,5 mil toneladas de CO2 por ano na atmosfera e também a redução de três decibéis de ruído. Nas atuais canaletas dos biarticulados será construído um parque linear com ciclovias e áreas verdes para a prática de esporte.