terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Curitiba cria comissão para revisar projeto do metrô

14/01/2013 - G1 PR

O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), criou, nesta segunda-feira (14), uma comissão para revisar o projeto do metrô, que deve ser construído na cidade nos próximos anos. Com recursos liberados pelo governo federal, a obra deve custar mais de R$ 2,3 bilhões.

Participam da comissão, os secretários de Governo, Planejamento e Gestão, Administração e Trânsito, além dos diretores do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), da URBS e o procurador-geral do município. O prefeito também convidou para participar da comissão os responsáveis pela elaboração do atual projeto.

Aprovado pela última gestão, o projeto foi criticado pelo atual prefeito, quando ainda estava em campanha. Na época, Fruet defendeu que a licitação para o início das obras deveria ser adiada por mais um ano. Nesse tempo, o projeto apresentado, que substituiria uma das atuais canaletas de ônibus da cidade, seria discutido pela população.

A maior parte das verbas virá do governo federal, que já liberou R$ 1 bilhão, a fundo perdido, ou seja, sem a necessidade de pagamento por parte da prefeitura ou do governo do estado. O restante dos recursos ficou a cargo do município e da administração estadual. Outros 26% dos recursos deverão ser investidos pelo consórcio que vencer a licitação. A empresa terá o direito de explorar o serviço, até que sejam pagos os valores referentes ao investimento.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Comissões vão avaliar tarifa e recursos do metrô de Curitiba

03/01/2013 - Bem Paraná

No final de semana, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana divulgou, através de anúncio publicitário, nota na qual afirmava que o sistema vive a maior crise de sua história.

O reajuste da tarifa de ônibus e a aplicação dos recursos destinados ao metrô serão definidos por duas comissões, criadas ontem por atos do prefeito Gustavo Fruet (PDT). A comissão que estudará a tarifa de ônibus será presidida pelo presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Júnior, e integrada também pelo secretário municipal de Trânsito, Joel Kruger. O presidente da comissão convidará o Ministério Público e entidades da sociedade organizada a acompanharem as avaliações.

O prefeito não descartou a necessidade de pedir auditoria no sistema de transporte e também no fundo administrado pela Urbs. Segundo Fruet, as informações que a equipe de transição tem até o momento são oriundas dos documentos publicados pelas empresas de ônibus, o que torna necessário obter outros dados.

No final de semana, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana divulgou, através de anúncio publicitário, nota na qual afirmava que o sistema vive a maior crise de sua história. E que segundo estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) contratado pelas empresas, a tarifa técnica estaria hoje em R$ 3,10. O valor pago pela Urbs é de R$ 2,898 – o que inclui subsídio do governo do Estado de cerca de R$ 60 milhões ao ano.

Sobre a questão do subsídio, o prefeito informou que vai formalizar ao governador Beto Richa (PSDB) o pedido para que seja renovado o convênio entre Estado e município. "É uma questão de justiça social. A tarifa única foi criada exatamente para beneficiar aquelas pessoas que moram mais longe e o subsídio é necessário para garantir que a Região Metropolitana permaneça com a mesma tarifa do sistema integrado", disse Fruet.

"Os quase R$ 60 milhões que o governo estadual assumiu no ano passado são um valor expressivo em um sistema licitado há apenas dois anos, que não deveria apresentar essa defasagem num prazo tão curto. O governador, que foi prefeito da capital por seis anos, entende a importância de relação entre as administrações municipal e estadual, e certamente terá uma postura responsável em relação a este tema", afirmou o prefeito.

Fruet disse que a decisão sobre o preço da passagem de ônibus dependerá da resposta do governo do Estado sobre o subsídio. "É cedo para falar nisso, mas não será o valor apresentado pelo sindicato", disse, referindo-se ao valor de R$ 3,10 apontado como necessário pelo Sindicato das Empresas Operadoras do Transporte Coletivo.

Metrô — A comissão que definirá a aplicação dos recursos destinados ao metrô será coordenada pelo engenheiro Augusto Canto Neto, com participação de servidores e técnicos envolvidos no processo, nas áreas de engenharia e financeira e também no projeto executivo. "As avaliações vão servir para definir qual o melhor modelo a ser adotado para aproveitamento dos recursos do governo federal", explicou Fruet.